Data: 10/05/2017
Participantes: Veruska, Ricardo e Lícia
Primeiro momento – Manhã
Apresentação da equipe, da programação do dia e alinhamento das expectativas dos participantes da capacitação
Comentários:
- “Tenho boa expectativa, sinto dificuldade de apoio. Agora, parece que vai.” (Conselheiro Tutelar);
- “Vai ter apoio para a continuidade?” (Secretária de Assistência Social);
- “Estou ansioso para aprender e contribuir. Temos que trabalhar em rede, mas não temos estímulo do executivo.” (Conselheiro Tutelar);
- “Capacitação é sempre bem vinda, diagnóstico melhor ainda. Trabalho há anos e nunca tivemos um diagnóstico para elaboração da política. Todas as vezes que vamos elaborar os planos, nunca tivemos a possibilidade de diagnóstico, de podermos estar atuando naquilo que é mais necessário.” (Representante do Órgão Gestor);
- “É uma honra e uma responsabilidade executar o projeto. Tenho como expectativa um diagnóstico eficaz, mais recursos e fazer o trabalho que precisa ser feito para as crianças e os adolescentes. Sinto que os municípios precisavam do nosso espelho (…) A empresa vai precisar de todos para concretizar o diagnóstico não serão só números, a gente precisa da realidade. Tudo que é feito em rede vem a somar. É um projeto inédito para a CPFL, o pessoal é compromissado, teremos bons conteúdos, principalmente para o Conselho Tutelar, para fazer com que o Sistema de Direitos funcione realmente.” (Representante do Departamento Administrativo);
- “Sei que o trabalho é grande. Todos serão beneficiados, vamos aproveitar ao máximo, a gente sozinho não ia conseguir. Sinto muita alegria (emociona-se). ” (Presidente do CMDCA, Secretária de Educação);
- “Tenho maior expectativa em relação ao Plano de Ação do que ao diagnóstico. Tudo para na escola. Nosso município é pequeno mas muito atuante. Temos noção da realidade, dos problemas da comunidade, mas não está oficializado. Esperamos soluções.” (Diretora de escola);
- “Espero um diagnóstico real para traçar um plano efetivo. Não é só conhecer, é cuidar, ajudar. Os funcionários aqui se comprometem com as crianças.” (Professora);
- “Tenho a melhor expectativa possível, precisamos do diagnóstico. Vamos aprender e colaborar.” (Membro do CMDCA e da Comissão);
- “A cidade é carente de tudo. Faz dois anos que o CMDCA não atua em nada. Foi difícil chegar aqui.” (Presidente do CMDCA);
- “Já tivemos um diagnóstico pautado no Censo 2000, pelo São Paulo Solidário. Não foi compatível com a realidade. Na época, o SENAC executou. Uma dificuldade foi que aqui as famílias não tem escolaridade, param de estudar no 5º ano. Espero adquirir conhecimento, ver as experiências, trabalhar. O que se formou é um dar apoio para o outro. Vamos trabalhar em rede, nos adequar e levar o trabalho adiante.” (Representante da educação);
- “Aqui tem reuniões de rede, tem trocas, mas precisam se capacitar. É importante a união dos municípios. Espero que o diagnóstico dê uma luz, que dê frutos, pois a situação é preocupante.” (Presidente do Fundo Social);
- “Morei 29 anos em Ribeirão Preto, me aposentei como diretora e voltei a trabalhar com educação aqui. Gosto muito do trabalho que realizo, já participei de eventos antes, mas aprender nunca é demais. Santa Cruz é emocionante, mesmo! Minha família encontrou aqui um local de crescimento. Na época, não tinha nem asfalto! Todo mundo trabalha de coração. Temos que ajudar, por que a criança é a base, é o foco de tudo. Quero aprender para ajudar.” (Representante Educação);
*Observações:
De um total de 38 participantes, aproximadamente 6 representavam o município de Cajuru, 9 representavam Serra Azul, e o restante pertencia ao de Santa Cruz da Esperança. Os conselheiros tutelares e de direitos estavam representados na mesma proporção. Em sua maioria, os presentes integravam as áreas de assistência social, educação e saúde.
Segundo momento – Manhã
Explanação realizada por Veruska:
- Para que serve um Diagnóstico?
- Como definir a metodologia de diagnóstico?
- CMDCA e Comissão como condutores do processo;
- Qual o “Mapa do caminho”?
- Apresentação da metodologia “Conhecer para Transformar”;
- A partir dos problemas diagnosticados, como elaborar a política de atendimento para crianças e adolescentes? O que priorizar? O que é mais grave?
- Quais os ganhos para o SGDCA e para a gestão municipal? Como influenciar no planejamento orçamentário?
- Considerar eixos da política de atendimento: Promoção, Proteção e Defesa;
- Opção pelo modelo participativo.
Terceiro momento – Manhã
Case Birigui/SP e Município Vivo.
Quarto momento – Manhã
Roda de conversa com os participantes.
Comentários:
- “É muito trabalho!”;
- “É fundamental o trabalho em rede”;
- “Temos dificuldade na gestão do FMDCA em Cajuru”.
Almoço
Primeiro momento – Tarde
Dinâmica das cadeiras (Rede) e roda de conversa com os participantes
Comentários:
- “Faltou organização e estratégia. Depois, ouvindo os outros, conseguimos”;
- “Faltou comunicação”;
- “Atenção e habilidade são fundamentais. As cadeiras são um problema”;
- “O sentido da rede é funcionar”;
- “Quando nos organizamos e interagimos, movimentamos a rede e conseguimos”;
- “Todos têm que entender o problema”;
- “Importância da cooperação: a troca é que fez acontecer”;
- “Eu segui o fluxo das colegas, mas se tivéssemos estratégia seria mais fácil”;
- “Individualmente não dá certo”;
- “Mesmo se não for minha área, eu preciso colaborar”;
- “Temos que enxergar o objetivo comum e trabalhar em prol dele, apesar de cada um ter o seu papel”;
- “Em Santa Cruz, agendamos uma vez por mês a reunião de rede. Focamos o problema, traçamos estratégias e depois nos reunimos e vemos como cada um agiu”.
Segundo momento – Tarde
Atividade em grupos – Planejamento do diagnóstico
Início da definição da metodologia do diagnóstico. Perguntas respondidas:
- Para quem? (Para quem fazemos o diagnóstico?)
- O que? (Que perguntas queremos responder? O que queremos saber?)
- Como? (Como buscar essas respostas?)
Formou-se 5 grupos, com aproximadamente 8 integrantes cada. Após conversarem sobre as perguntas, as respostas foram registradas e apresentadas aos demais.
Segue registro das respostas:
Grupo 1
Para quem?
R: Para o município.
O que?
R: Qual o índice de evasão escolar? Gravidez da adolescência; índice de envolvimento com álcool e outras drogas; ideação suicida; trabalho infantil; violência psicológica e física; exploração sexual; bullying; o que a criança e o adolescente fazem no contraturno escolar? Qual o interesse por diferentes atividades?
Como?
R: Através do diagnóstico.
Grupo 2
Para quem?
R: Crianças e adolescentes; sociedade; sistema da rede.
O que?
R: Objetivo: número de crianças e adolescentes em vulnerabilidade (drogas, abuso, maus tratos, abandono afetivo e intelectual, negligência, trabalho infantil); causas da vulnerabilidade: violações; atendimento; resultado e acompanhamento; o que queremos saber? Contexto familiar.
Como?
R: Levantamento de dados, oficiais ou não, nas diferentes instâncias (Conselhos, Secretarias, diretorias), DATASUS, CNES, IBGE, IDEB, INEP, Educa censo, E-SUS, Cad Único etc
Grupo 3
Para quem?
R: Para os municípios como um todo, para quem cria a política, para quem executa (trabalhadores, saúde, educação, CT, Assistência Social e comunidade como um todo) e para quem recebe a ação fruto de nosso trabalho, as crianças, os adolescentes e famílias.
O que?
R: Qual seria a maior incidência de violação de direitos em nossos municípios? Qual seria o papel da saúde nesse diagnóstico? Qual a incidência de abuso sexual em nossos municípios? Quais limites e possibilidades de como agir nas situações de violações de direitos?
Como?
R: Contando com a ajuda de todos da rede, com o diálogo, com o bom senso, a imparcialidade, a comunicação eficaz e conhecimento de todos.
Grupo 4
Para quem?
R: Para dois tipos de públicos: gestores públicos e público final (usuários).
O que?
R: Por que existem várias iniciativas e tão pouco resultado? Como conscientizar a família sobre a educação e a formação de seus filhos?
Como?
R: Através de metodologia adequada para cada situação, coletando informações nos setores/ fontes necessárias.
Grupo 5
Para quem?
R: Para a comunidade, para que todos em conjunto trabalhem para a garantia de direitos de crianças e adolescentes.
O que?
R: Quais os problemas que atingem nosso município? Como cada departamento pode trabalhar?
Como?
R: Todos trabalhando em conjunto, traçando estratégias para um melhor desempenho e uma boa comunicação.
Comentários:
- “Pensamos muito para responder, estava difícil. Detalha procedimentos, fontes etc”;
- “Os grupos serviram pra gente entender o diagnóstico”;
- “Foi bom, mas não teve ninguém da saúde ou da educação de Cajuru”;
- “Vamos precisar de toda a rede”;
- “Todos mencionaram que o diagnóstico serviria para o município como um todo, não só para crianças e adolescentes”;
- “Todos tiveram a mesma preocupação – realizar perguntas certas, fazer bem feito, chegar perto da realidade mesmo”;
- “Os dados que temos não condizem com a realidade”;
- “Hoje, tem muita gente vindo para o município que a gente não conhece”;
- “As pessoas precisam ser verdadeiras, não podem mentir”;
- “Conscientização para a cooperação é muito importante”;
- “Precisaremos dos responsáveis de cada secretaria (educação, saúde e social)”.
Terceiro momento – Tarde
Combinados / Próximos passos
- Sugestão de composição da comissão: Integrante do CT, do CMDCA, de setores públicos essenciais e da sociedade civil;
- Pensar em quem mais precisamos mobilizar;
- Eleger um coordenador para a comissão (mediador/ articulador);
- Publicar resolução nomeando a comissão;
- Formar grupos de trabalho em Cajuru e Serra Azul para reforçar a comissão de diagnóstico. Em Santa Cruz, já existe uma comissão interdisciplinar;
- Providenciar relação de bairros ou territórios (CRAS);
- Realização de pre-work – tarefa de autoavaliação dos conselhos a ser entregue no próximo encontro (01/06).
Avaliação e Fechamento
Comentários:
- “Fortaleceu, serviu de aprendizado. Vamos tentar por em prática. Na teoria é uma coisa…”;
- “Estou animada, é uma oportunidade única. Precisamos de todos, e nos agrada contribuir. Não sei se a gente vai conseguir sensibilizar todo mundo”;
- “Na minha cidade não tem união (Serra Azul). Ninguém para pra pensar no jovem, ninguém faz nada. Precisamos mudar essa situação. Falta vontade. Vamos falar amanhã com o prefeito!”;
- “É, no começo, a gente tava meio perdido, mas deu pra entender que é uma coisa boa. Percebemos que todos querem essa ajuda, temos que nos fortalecer entre os municípios”;
- É gratificante, é interessante essa oportunidade de participar. A situação de toda cidade é a mesma – falta de comprometimento. Parabenizo a empresa e os presentes. A criança e o adolescente é a família de amanhã. Temos que trabalhar com isso, não podemos desanimar. É um pedido e um agradecimento”;
- “Acho que todo mundo chegou curioso e vai sair preocupado com o tanto de trabalho que tem pela frente!”;
- “Serra Azul estava sem muita expectativa, vimos vocês como uma luz pra indicar o caminho. Estamos preocupados com o trabalho, mas temos um ideal e vamos conseguir!”;
- “Daqui pra frente é: trabalho, preocupação e união (e hora extra)!”.